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sábado, 31 de maio de 2008

O início de tudo!

Como uma das minhas promessas de fim de ano foi a de escrever um blog, cá estou eu tentando. Minha idéia foi de aproveitar esse espaço para relatar as situações que ocorreram e/ou ocorrem comigo na minha cidade, que aqui será citada como “a Província”.

Bom, vamos para a minha primeira história. Essa aconteceu faz alguns anos e vai mostrar bem o que uma noite aqui pode oferecer.

Havia ido em um jantar mais formal com meus pais. Era uma noite quente de dezembro, próximo ao Natal. Era uma daquelas festas chatas de final de ano. Ainda bem que tinha combinado de sair com meus amigos depois. Mas nem me dei conta de levar uma outra roupa no carro para ir na balada. Então fui de camisa, calça e sapato social na festa. Chegando na entrada, uma dezena de bixinhas na fila, como sempre e dezenas de policiais saindo pela porta. Naquela hora pensei “pronto, interditaram o lugar”. Ficaram ali na frente enquanto o chefe deles pede para outro ligar avisando onde estão. Até então, não entrei na fila. Vai saber o que aqueles guardas queriam, não é mesmo? Fiquei acompanhando tudo meio de longe encostado em uma árvore. Depois que os guardinhas saíram, entrei na fila. Logo, uma criatura saltitante, conhecida na cidade por se “achar o clone da Britney” pede para furar a fila, como se ela fosse celebridade. É claro que me fiz de louco e não deixei. Depois dessas atitudes pitorescas, entrei. Mas o ambiente pequeno e abafado da casa deixa todos morrendo de calor. Então ele usavam a tática do carimbo. Durante um determinado tempo, se tiveres carimbo, pode entrar ou sair da festa. Uma amiga, querendo ficar um pouco mais louca, me convidou para ir junto com ela. Eu achando tudo um saco e as pessoas horríveis, saí junto. No fim apareceram mais três criaturas e fomos todos juntos.

Para chegar nesse local, tivemos que subir umas ruas desertas. Claro que hoje, já não faria mais isso, mas naquela época, pouco ligava para isso. Daquelas três pessoas, duas formavam um casal muito bizarro, e o outro era um projeto de traveca desmontado. Durante o trajeto, ele subia nas placas de trânsito e girava como se fosse a Alzira da novela das 21h. Duas vezes quase me derrubou com aquelas danças bizarras. Bom, chegamos ao local. Já tinha ouvido falar que era o lugar onde os Punks da cidade se encontravam. Mas não imaginei que havia entrado em um filme de zumbis. Aquela gente suja, espalhada, caminhando torto, jogados pelo chão. Eu estava APAVORADO. Imagina, eu vestido todo bonitinho no meio daqueles caras. Achei que seria apedrejado, esfaqueado... Sei lá... Atravessamos todo aquele quarteirão por entre aquelas pessoas bêbadas, se drogando como se ninguém visse. Até que a minha amiga achou outra guria com o que ela queria. Um líquido transparente numa garrafinha de água. Sequer quis saber que era. Ela pegou o que hoje rimos muito da cara dela chamando aquele pedacinho de pano de “trapinho da calcinha da mendiga menstruada” pois era um nojo aquilo e ela cheirou aquilo e logo estava louca. E a guria da garrafinha também enlouqueceu e se jogou no chão. E do nada começou a gritar: “me fo**, me fo**, por favor!” Eu apavorado, fui ver onde estavam os outros. O projeto de traveca estava bem visível agora com a luz da rua. Olhei bem para o rosto dele e o reconheci de algum lugar... Quando chamaram pelo nome, pronto. “Ei, por acaso estudou no colégio tal?” Quando recebi uma resposta afirmativa, pronto. O guri havia sido meu colega na 4ª série. Enqunto ele me abraçava enlouquecida mente gritando, um bando de punks passa cheio de pedras, tijolos e pedaços de pau nas mãos. E diziam que tinha um skinhead falando besteiras na frente do barzinho onde eles freqüentam. Diziam que iriam apedrejar a criatura até a morte. Eu, já ficando assustado com aquilo tudo, peço para a minha amiga para irmos embora. Fomos chamar o casal que tinha se afastado um pouco e parado em frente a uma igreja nas proximidades. Enquanto os dois se agarravam de forma bastante voluptuosa, uma ônibus para bem na frente deles e dali descem umas 12 freiras. Vendo a cena, elas ficam horrorizadas e entram correndo para a igreja. No fim, acabamos voltando. Eu, praticamente carregando minha amiga chegamos a boate. E ainda me fizeram um convite para entrar num parque no meio da noite. Ainda bem que eu nunca fui.

Isso é só uma das histórias bizarras que aconteceram comigo nessa cidade. Espero aos poucos contar mais algumas.

Beijos à todos.